A música e a existência humana caminham juntas há muito tempo. Registros indicam que os egípcios já possuíam um elevado nível de expressão musical há 4.000 anos, o que dá certa perspectiva sobre o grande impacto da musicalidade no desenvolvimento cerebral, no equilíbrio físico e mental e no bem-estar dos humanos. Como uma linguagem universal, a música ultrapassa barreiras cronológicas e culturais e assume diferentes estilos em cada canto do mundo, sempre preservando a capacidade de comunicar, divertir e inspirar crianças e adultos.

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Além de entreter e expressar emoções, a música é carregada de informações matemáticas que desenvolvem o raciocínio lógico e a capacidade de concentração – e, atualmente, já se reconhece a importância da música como ferramenta facilitadora na aprendizagem de novos idiomas! Quer saber como? Descubra a seguir:

ESTÍMULO À MEMÓRIA

Você com certeza já passou pela situação de não conseguir tirar uma melodia da cabeça. Isso acontece porque a música é um eficiente gatilho para ativar o mecanismo da memória nos humanos. Informações transmitidas de maneira musicalizada têm grandes chances de serem memorizadas pelo interlocutor, o que pode ser de grande ajuda quando se está aprendendo um novo idioma. O aluno pode ouvir músicas originais do idioma estudado para internalizar conceitos gramaticais e de vocabulário presentes na letra, mas também pode criar suas próprias letras musicais inspiradas em conteúdos de estudo (como verbos irregulares, por exemplo) para facilitar a memorização.

FIXAÇÃO POR REPETIÇÃO

A repetição é um recurso de ensino que busca a internalização de um conceito até que o estudante ganhe confiança e autonomia para aplicá-lo em novos contextos. Os refrões demonstram o quanto a música é permeada pela repetição, o que ajuda os estudantes a assimilarem a linguagem dentro de um contexto restrito até que sejam capazes de transpor esse conceito a diferentes situações comunicativas.

DESENVOLVIMENTO DA PRONÚNCIA

O ritmo da música facilita a articulação da fala e ameniza o constrangimento natural de falar em um novo idioma. Quando o aluno ouve músicas de diferentes regiões que praticam um mesmo idioma, também consegue aguçar a percepção sobre sotaques e regionalismos. Ao adquirir referências de oralidade com cantores nativos e trabalhar fatores limitantes como a vergonha de falar, torna-se muito mais fácil desenvolver uma pronúncia bem articulada e atingir a fluência com desenvoltura.

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GANHO DE VOCABULÁRIO

Pense em quantas letras de música você tem armazenadas na mente. Quando se está aprendendo um idioma, as músicas são fontes ricas para a construção do novo vocabulário. Oferecem contato com termos coloquiais às vezes pouco explorados em cursos de idioma, mas que são parte do cotidiano dos nativos e fazem grande diferença na comunicação em viagens. Palavras que se repetem em diferentes músicas podem ensinar significados por associação, além de demonstrar a diversidade de contextos em que uma mesma palavra pode se encaixar.

FAMILIARIZAÇÃO COM A ORALIDADE

A música acostuma o ouvido do aluno com o ritmo, a entonação e toda a expressão oral do idioma que está aprendendo. A melodia e a técnica vocal dos cantores facilita a identificação do início e do fim de cada palavra, exercício difícil e fundamental para quem recém iniciou o contato com uma nova língua. Quanto maior for o consumo de músicas no idioma estudado, mais automático será o reconhecimento da oralidade na hora de praticar diálogos reais.

APRENDIZAGEM LÚDICA E PRAZEROSA

A grande vantagem da música enquanto ferramenta de ensino é que ela não tem “cara de estudo”, mas sim de diversão. Ouvir música é uma atividade gostosa e emocionante, que ensina ao mesmo tempo em que relaxa e diverte. A ludicidade do “aprender brincando” tira o peso da hora do estudo e enche o estudante de motivação, exigindo menos esforço na assimilação dos novos conteúdos.

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