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Erros que brasileiros cometem ao falar francês

29 de abril de 2021


Parte de aprender um novo idioma é aprender a abraçar o erro. É completamente natural esquecer alguma palavra, errar uma flexão verbal ou confundir alguma regra gramatical por se basear em seu idioma materno. Todo estudante de idiomas já se frustrou, irritou ou pensou em desistir ao cometer uma gafe linguística. Sabendo disso, tranquilize-se: errar faz parte do processo!

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Mesmo quem já tem conhecimento avançado em uma nova língua está sujeito a confusões. Existe um período de assimilação do idioma pelo cérebro, até que ele possa ser exercido com naturalidade – ou seja, atingir a fluência. Até lá, o que você pode fazer é antecipar os erros mais comuns para tentar se resguardar de mal-entendidos internacionais! E sempre ter em mente que o erro do agora leva ao acerto do futuro.

Brasileiros dedicados ao estudo do francês frequentemente esbarram nos erros relatados a seguir. Se você também é um nativo da língua portuguesa trabalhando pela fluência no idioma francês, conheça algumas situações que merecem atenção especial:

FALTA DE SUJEITO

No português é bastante comum, mas no francês não existe frase sem sujeito. Mesmo nas falas coloquiais, suprimir o sujeito da sentença é considerado errado. É possível dizer “Fui à escola” em português, o sujeito fica subentendido. Já em francês, é obrigatório apresentar todos os elementos na frase “Je suis allé à l’école”. Je é o sujeito (eu) e deve aparecer mesmo que a conjugação suis seja específica da primeira pessoa do singular. A regra do sujeito vale em qualquer contexto.

NOME E SOBRENOME

Uma das primeiras lições passadas ao novo estudante de francês é como indicar nome e sobrenome. Para quem fala português, aqui já surge uma armadilha! Em francês, nom (de famille) significa “sobrenome” (nome da família), enquanto prénom significa “nome”. Escrever e falar “mon prénom est (seu nome)” e “mon nom est (seu sobrenome)” repetidas vezes incentiva a memorização para quem está começando.

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PORQUE OU POR QUE?

Uma dúvida comum no português que se repete no francês. Quando usar cada tipo de “por que”? Em francês, as opções são pourquoi e parce que, basta memorizar suas aplicações! Pourquoi é usado para perguntas – “Pourquoi tu es triste?” (Por que você está triste?).  Parce que é usado para respostas – “Je suis triste parce que mon chien est mort.” (Estou triste porque meu cachorro morreu).

INTENSIDADE, QUANTIDADE OU ADJETIVO?

Assim como pourquoi ou parce que, existem outras palavras similares no francês com circunstâncias específicas para uso. É o caso das palavras beaucoup, beaucoup de, très e trop – todas expressam o conceito de “muito”. Agora memorize: beaucoup serve para dar intensidade a verbos, como em “Je voyage beaucoup” (Eu viajo muito). Com um pequeno complemento, beaucoup de passa a indicar quantidade (antes de um nome), como em “J’ai beaucoup de chats” (Eu tenho muitos gatos). Usa-se trés para intensificar qualidades ou características, como em “Je suis très excité” (Eu estou muito animada). Trop é sinônimo de “excessivement” e indica exagero (geralmente em conotação negativa), como em “Le thé est trop amer” (O chá está amargo demais).

EXPRESSÕES DE CAUSALIDADE

Para explicar a causa de algo, existem três expressões em francês: à cause de, grâce à e en raison de. Mais uma vez, o desafio dos brasileiros é descobrir em qual contexto aplicar cada expressão corretamente. À cause de é usada para indicar a causa negativa de uma ação – “Je suis encore au Brésil à cause du passeport” (Eu ainda estou no Brasil por causa do passaporte). Grâce à, por sua vez, indica a causa positiva de uma ação – “Je suis encore à Paris grâce aux intempéries” (“Eu ainda estou em Paris graças às intempéries”, em tom comemorativo). Para causas neutras, usa-se en raison de – “La fleur pousse en raison du soleil” (A flor cresce em razão do sol).

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