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Existe uma idade certa para se aprender um novo idioma?

16 de setembro de 2020


Aprender um novo idioma é uma atividade que exige capacidades como concentração, memorização, repetição, foco, interesse, curiosidade e persistência. Tais capacidades podem ser desenvolvidas por qualquer pessoa, mas diferentes fases da vida reservam vantagens voltadas a diferentes habilidades – por consequência de fatores biológicos, sociais ou psicológicos.

Existem estudos que especulam a idade ideal para aprender um novo idioma (além da língua materna), considerando o desenvolvimento neurológico e a receptividade a novas experiências em indivíduos de diferentes faixas etárias. Nesta busca, a descoberta foi de que existem habilidades que otimizam a aprendizagem em cada fase da vida – confirmando que o estudo de idiomas sempre pode ser uma experiência benéfica e enriquecedora.

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  • A “IDADE IDEAL”

O momento de maior receptividade ao aprendizado de um novo idioma é na infância, especialmente na primeira década de vida. Durante a primeira infância (0 aos 6 anos), as crianças adquirem novos idiomas aos quais são expostas como pequenas poliglotas naturais. Os bebês têm capacidade para reconhecer todos os 600 sons de consoantes e 200 sons de vogais que compõem a maioria das línguas faladas pelo mundo. Conforme se desenvolvem durante os anos iniciais, vão aprendendo a sintonizar e categorizar os sons que ouvem com maior frequência. A influência do contato é tanta que, mesmo antes de desenvolver a fala, o choro dos bebês já carrega sotaque adquirido em seu meio de convívio. A necessidade de aprimorar a comunicação com o mundo ao redor somada ao intenso desenvolvimento cerebral atribui à primeira infância a facilidade natural ao multilinguismo, aliviando muitos dos percalços que frustram a aprendizagem dos mais velhos.

A faixa dos 7 aos 10 anos também faz parte do período ideal para assimilar novos idiomas, graças à facilidade natural para o aprendizado de gramática que existe na infância. Especialistas descrevem um declínio de aprendizado após os 10 anos por conta das mudanças na plasticidade cerebral (capacidade do cérebro de mudar ao longo da vida) que ocorrem nesta idade. Mas será que crescer não reserva seus próprios benefícios?

  • APRENDENDO NA ADOLESCÊNCIA

O corpo humano não nasce pronto, passa por um longo percurso de desenvolvimento físico e neurológico até que atinja maturidade. Os órgãos se desenvolvem constantemente ao longo dos anos iniciais de vida, em preparação para a fase adulta. No caso do cérebro, o desenvolvimento só é concluído no fim da adolescência – reservando a esta faixa etária algumas vantagens (remanescentes da infância) para o estudo de idiomas, graças à ainda alta adaptabilidade cerebral.

Nesta fase, as dificuldades passam a ser de ordem sócio-cultural. Sem a espontaneidade e inocência das crianças, os adolescentes começam a enfrentar maiores questões com a exposição pessoal. Cresce a vergonha e o medo de errar, condições que dificultam a elaboração da fluência em um novo idioma – mesmo com a predisposição neurológica ainda ativa.

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  • APRENDENDO NA FASE ADULTA

De acordo com as pesquisas em neurociência, há um declínio de aprendizado ainda mais acentuado após os 18 anos, período da vida em que o cérebro se torna menos adaptável e mutável (em relação às fases anteriores). Aqui também ocorre uma intensificação das questões de ordem sócio-cultural percebidas lá na adolescência, graças ao contexto da vida adulta, busca de emprego, crescente responsabilidade profissional e financeira, etc. A exposição da imagem pessoal pode ocupar um espaço ainda mais delicado para os adultos.

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Mas, como tudo na vida, a idade tem seus ônus e bônus! Bebês se destacam pela audição altamente perspicaz; crianças impressionam na velocidade com que assimilam diferentes sotaques e fonéticas. Já os adultos saem na frente em habilidades como atenção e grau de instrução, que otimizam a expansão contínua do vocabulário. Em comparação com crianças e adolescentes, os adultos se destacam na aquisição da habilidade da fala, em estabelecer comunicação através do idioma estrangeiro (mesmo que o domínio de gramática seja menor). Também respondem melhor ao “aprendizado explícito” (método de estudo tradicional, com professor ensinando regras em uma sala de aula), que não obtém sucesso entre as crianças (dada a pequena capacidade de memória, atenção e controle cognitivo). 

Vale lembrar que a prática de idiomas além da língua materna durante a vida adulta ajuda a retardar doenças cerebrais, como o Alzheimer e a demência. Nunca é tarde para cuidar da saúde e expandir a visão de mundo!

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